Envolto em estratégia e criatividade, o mercado editorial abrange desde os leitores curiosos e escritores cativantes, até as livrarias, principais portas de saída dos materiais produzidos. Nos últimos anos, o mercado brasileiro sofreu uma crise: registrou constante queda nas vendas de livros. Em contrapartida, existe quem diga que o brasileiro nunca leu tanto.
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Crise no mercado editorial, mas o brasileiro nunca leu tanto | Banco de imagens Unsplash.
A seguir, você irá entender melhor o que é e como funciona o fascinante mercado dos livros. Além de compreender a dinâmica do mercado independente.
Entenda o mercado editorial
O mercado editorial nada mais é do que o mercado das editoras de livros. Tudo que se refere à produção, publicação, distribuição e divulgação de obras relaciona-se com ele. No Brasil, não é muito diferente de outros países, visto que o mercado nacional é um espelho do que acontece no internacional.
Neste mercado existe o profissional independente, que publica seus próprios livros. As editoras grandes e famosas como a Person, Abril Educação e Saraiva, estão na lista das 54 com maior faturamento do mundo. Já as menos conhecidas, como a Bogó, são editoras independentes que têm como foco maior, acima do lucro, o conteúdo.
É importante considerar que algumas delas estão bastante focadas em espalhar a cultura, levantar bandeiras, apoiar novos escritores e apostar em temas diversos; enquanto outras estão pensando mais no retorno financeiro das obras que publicam, o que as levam a apostar somente em livros que realmente tenham um potencial de venda, muitas vezes de celebridades e autores já conhecidos.
Saiba como funciona o mercado criativo
O convencional, na publicação de originais, é que o autor escreva seu livro e envie para uma editora. Caso aceite o livro, a editora realiza todo o processo para a publicação e depois envia às livrarias, onde chegam até as mãos dos leitores.
Muitos questionam a possibilidade de existir um jeito das próprias editoras venderem seus livros. Este modelo de negócio, chamado B2C (sigla para Business to consumer), já existe no mercado independente. Porém, o principal motivo das grandes editoras não o adotarem é o medo do confronto com as livrarias, que poderiam parar de vender seus produtos, pois existiria uma diferença muito grande entre o valor do livro ofertado pela livraria e o vendido pela publicadora. Visto que, se vendidos pelas próprias editoras, os livros ficariam muito mais baratos.
No Brasil, existem duas formas das editoras trabalharem com as livrarias. Uma delas é a consignação, a outra é a venda com direito de devolução. Na consignação, a editora entrega os livros para a livraria e só recebe o lucro depois que forem vendidos. Já na venda com direito de devolução, as editoras recebem o valor imediatamente, mas as livrarias têm o direito de devolver os livros não vendidos e reclamar o valor pago por eles.
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A autopublicação é uma opção para o profissional independente | Banco de imagens Unsplash
Conheça o mercado independente
As editoras independentes baseiam-se no princípio de empresa independente, que são aquelas que não possuem grandes patrocinadores ou parceiros financeiros. O mercado independente realiza sua produção em escala menor. E, é importante destacar, que estas editoras são as que mais valorizam autores novos e desconhecidos.
No início, foi citada a crise que abalou todo o mercado criativo editorial. Porém, em meio a todo o caos, aconteceu o crescimento do negócio independente. Muito disso deve-se ao aumento da utilização de sites para a venda dos livros: a editora independente passou a vender direto para os consumidores e apostar no frete grátis.
Além de investir em autores novatos e conteúdos pouco convencionais, considerados de baixa rentabilidade pelas grandes editoras, o mercado independente tem ainda mais coisas a seu favor. Este modelo oferece maior possibilidade de empreendedorismo ao autor. Por trabalharem com produções em escalas menores, oferecem maior atenção e cuidado aos livros.
Portanto, são diversas as possibilidades para quem deseja publicar no Brasil. As opções no mercado editorial vão desde abraçar o empreendedorismo e publicar por conta própria, como profissional independente, até buscar uma editora, seja ela maior ou independente, que aposte em novos autores e conteúdos diversos, tornando o negócio ainda mais atrativo.
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